Em um mundo onde a velocidade da informação, as cobranças sociais e o medo do fracasso se tornaram parte do cotidiano, muitos jovens têm encontrado na espiritualidade uma espécie de porto seguro e, mais recentemente, na mediunidade, uma chave para o autoconhecimento e o equilíbrio emocional.
A busca por práticas espirituais deixou de ser algo restrito a templos ou tradições religiosas específicas. Hoje, o que se vê é uma geração conectada não apenas à tecnologia, mas também a dimensões sutis da existência. O interesse por temas como aura, chakras, reencarnação e energia vital cresceu significativamente nas redes sociais, dando voz a experiências antes silenciadas.
Muitos dos jovens que chegam à terapia holística relatam sintomas como ansiedade intensa, crises de pânico e esgotamento, o famoso burnout. Em vários casos, após aprofundar o diálogo, é possível perceber que esses sintomas têm uma raiz espiritual: percepções sutis não compreendidas, sensações energéticas reprimidas e uma sensibilidade aflorada que não encontra espaço para ser acolhida.
Esse é o chamado da mediunidade: não como um “dom sobrenatural”, mas como uma sensibilidade humana que precisa ser compreendida, desenvolvida e canalizada com consciência. Jovens que se sentem "fora do lugar", sobrecarregados pelas exigências do mundo moderno, estão despertando para a necessidade de reencontro consigo mesmos, e esse reencontro, muitas vezes, começa pelo campo sutil.
Dentre as práticas mais eficazes para auxiliar nesse processo, o Reiki tem se destacado. Essa técnica de origem japonesa promove a harmonização energética do corpo, mente e espírito, atuando como um verdadeiro bálsamo para quem sofre com sintomas emocionais intensos.
Ao receber Reiki, o jovem aprende a reconhecer seus próprios centros de energia (chakras), amplia sua consciência corporal e espiritual, e encontra um espaço interno de paz, muitas vezes, pela primeira vez. O Reiki não impõe doutrinas; ele acolhe. E é justamente isso que essa nova geração procura: ferramentas que respeitem sua liberdade de crença, mas que ofereçam resultados palpáveis.
É preciso levar a sério esse movimento. A espiritualidade não é uma fuga, é uma resposta. O despertar mediúnico e o uso de terapias como o Reiki representam uma nova forma de saúde mental, onde o invisível também importa.
Muitos desses jovens estão buscando cursos, mentorias e grupos espirituais não como curiosidade, mas como necessidade de sobrevivência emocional. O mundo externo cobra demais, e o mundo interno precisa ser ouvido.
A mediunidade, quando bem compreendida, pode ser uma bússola em tempos de crise. Ao reconhecer e desenvolver suas capacidades espirituais, o jovem não apenas encontra respostas, ele encontra a si mesmo.
Como terapeuta holístico e autor da série Chaves da Transformação, tenho acompanhado de perto esse movimento. E o que posso afirmar com convicção é: quanto mais cedo acolhermos essa sensibilidade, mais jovens deixaremos de perder para a ansiedade, o vazio e o burnout.
A nova espiritualidade não é um luxo. É uma urgência.